quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Especial- Karol Josef Wojtyla - João Paulo II a vida de um santo

          João Paulo II foi o primeiro papa eslavo na história da Igreja. Eleito em 16 de outubro de 1978 para suceder a João Paulo I, o cardeal polonês Karol Wojtyla quebrou uma tradição de quase meio milênio: foi o primeiro papa não-italiano desde Adriano VI, este, escolhido 456 anos antes. Na época, a escolha de um cardeal estrangeiro - além disso, oriundo da Europa oriental - foi vista como o início de uma nova era na igreja. E, João Paulo II mudou a Igreja Católica para melhor.


                                        (Karol Wojtyla (João Paulo II), com os pais Emilia e Karol. Wadowice, Polônia.)

         Originário de uma família da pequena classe média, Karol Josef Wojtyla nasceu em Wadowice, Polônia, no dia 8 de maio de 1920. Filho de um operário (Karol Wojtyla), que se tornou sub-oficial do Exército, o menino Wojtyla ficou órfão de mãe (Emília Kaczorowska) aos nove anos e teve uma infância difícil. Em Wadowice - sua terra natal - fez seus primeiros estudos e concluiu o curso ginasial. Aluno dedicado, destacou-se nos estudos e nos esportes, merecendo elogios dos colegas e professores.

(Karol Wojtyla e sua mãe Emília de Kaczorowski em Waldowice, Polônia)

Sua juventude foi marcada por intensos contatos com a comunidade judaica de Cracóvia. Inteligência rara, ainda muito jovem, Karol Wojtyla identificou-se com a literatura: queria ser poeta e dramaturgo. Na Universidade de Cracóvia, iniciou o curso de Língua Polonesa e Literatura, interrompido no primeiro ano, em virtude da II Grande Guerra, quando do fechamento da universidade pela forças alemãs, logo após a ocupação da Polônia. Diante desta situação, juntamente com um grupo de jovens, organizou uma universidade clandestina, onde estudou filosofia, línguas e literatura.
Por esse tempo, passou a trabalhar numa fábrica de produtos químicos.  Desse período é de sua autoria uma peça teatral encenada no Vaticano, anos depois. Atleta, ator, tradutor, musico, dramaturgo e filósofo na juventude, Karol Wojtyla ao perder seu pai resolveu ser padre.
Assim, em 1942, aos 22 anos de idade, ingressou no Departamento Teológico da Universidade Jaqielloniana. E, fugindo das perseguições nazistas, até o final da segunda guerra mundial viveu escondido, junto com outros seminaristas, que foram acolhidos pelo Cardeal de Cracóvia. Por fim, concluindo seus estudos eclesiásticos, ordenou-se sacerdote no dia 1º de novembro de 1946, em cerimônia litúrgica realizada na Capela do Seminário Maior de Cracóvia. Dias depois, celebrou sua primeira Missa na Cripta de São Leonardo, na Catedral de Wavel.

(Karol Wojtyla em 1948, ainda Padre na Polônia)

Doutor em Teologia pela Universidade Pontifícia de Roma, Karol Wojtyla foi docente de Teologia e Moral na Universidade Jaqielloniana, de Cracóvia, e, subseqüentemente, na Universidade Católica de Lublin, onde interagiu com importantes representantes do pensamento católico polonês, especialmente da vertente conhecida como ‘tomismo lublinense’.
No exercício das referidas funções permaneceu até 23 de Setembro de 1958, quando foi consagrado Bispo Auxiliar do Administrador Apostólico de Cracóvia, convertendo-se no membro mais jovem do Episcopado Polonês. Quatro anos depois, ascendeu à condição de titular daquela diocese.
Sempre atuante, sua carreira eclesiástica teve uma trajetória ascendente. Progressista, seu pensamento “combinava a produção teológica com um intenso trabalho apostólico, especialmente com os jovens, com quem compartilhava tanto momentos de reflexão e oração como espaços de distração e aventura ao ar livre”.
Em 1964, aos 44 anos de idade, tornou-se Arcebispo. Três anos mais tarde, foi designado cardeal pelo papa Paulo VI. Na qualidade de bispo e arcebispo, Wojtyla participou do Concílio Vaticano II, “contribuindo para a redação de documentos que se tornariam no Decreto sobre a Liberdade Religiosa (Dignitatis Humanae) e a Constituição Pastoral da Igreja no Mundo Moderno(Gaudium et Spes), dois dos mais historicamente importantes e influentes resultados do concílio”. Como Arcebispo, o futuro papa“caracterizou-se pela integração dos leigos nas tarefas pastorais, a promoção do apostolado juvenil e vocacional, a construção de templos apesar da forte oposição do regime comunista, a promoção humana e formação religiosa dos operários e o incentivo ao pensamento e às publicações católicas”.

(Karol Wojtyla na década de 1960)

Na tarde do dia 16 de outubro de 1978, trinta e três dias após a morte do Papa João Paulo I, o Cardeal Karol Josef Wojtyla, foi eleito líder supremo da Igreja Católica, obtendo 99 dos 108 votos permitidos. Eleito, Wojtyla - que adotou o nome deJoão Paulo IIem homenagem ao seu antecessor - entrou para a história como o primeiro papa eslavo e, como possuía apenas 58 anos de idade, tornou-se o mais jovem desde Gregório XVI, escolhido em 1846.


(Papa João Paulo II durante sua cerimônia de entronização na Praça de São Pedro. Roma, Itália, 22 de outubro de 1978)

Sua entronização solene aconteceu no dia 22 daquele mesmo mês e ano, consagrando-se o 264º sucessor de Pedro - São Pedro na tradição católica -, venerado como o primeiro papa. 
Liberal em matéria social, mas conservador em relação à doutrina, João Paulo II acentuou o aspecto pastoral da igreja, opondo-se firmemente ao aborto, ao controle da natalidade por meios artificiais e ao divórcio. Durante seu papado, fez ainda restrições à atuação de religiosos na política partidária e à ordenação de mulheres. Em seus discursos, criticava a aproximação da Igreja com o marxismo nos países em desenvolvimento, e, em especial, à Tologia da Libertação.

(Papa João Paulo II, 1980 em Paris)

No dia 13 de maio de 1981, João Paulo II foi vítima de um atentado a bala, em plena Praça de São Pedro. Este episódio, promovido pelo terrorista turco Mohamed Ali Agca, nunca foi devidamente esclarecido no que diz respeito a participação de eventuais organizações. No entanto, trouxe sérias repercussões na saúde de João Paulo II. Anos mais tarde, o Vaticano revelaria ao mundo, que o ‘terceiro segredo de Fátima’, dizia respeito a esse atentado.

(Papa João Paulo II momentos antes de ser baleado na praça de São Pedro, no Vaticano. No detalhe a arma de Ali Agca, 1981)

(Papa João Paulo II após ter sido baleado por um turco, na praça de São Pedro, no Vaticano)

(Papa João Paulo com Ali Agca, o homem que tentou o matar- 1983)

Erudito, poliglota e esportista, João Paulo II inaugurou um estilo dinâmico, marcado por viagens freqüentes. Para tanto, desejando alcançar os objetivos traçados para seu pontificado, em abril de 1984 realizou uma reforma administrativa, quando delegou o governo do Vaticano. Com isso esperava poder se dedicar mais à função pastoral. E, ainda por sua iniciativa, em 1983 foi publicado o novo código de direito canônico, cuja revisão fora iniciada depois da conclusão do Concílio Vaticano II. 

(Papa João Paulo II, na Polônia)

Durante seu pontificado, João Paulo II divulgou catorze encíclicas (é um documento pontifício dirigido aos bispos de todo o mundo e, por meio deles, a todos os fiéis). Ei-las: ‘Redemptor Hominis’ (Redentor do Homem), em 4 de Março de 1979; ‘Dives in Misericordia’, aos 30 de Novembro de 1980; ‘Laborem Exercens’ - Sobre o trabalho e na comemoração do 90º aniversário da encíclica ‘Rerum Novarum’ do Papa Leão XIII, em 14 de Setembro de 1981; ‘Slavorum Apostoli’ (Apóstolos dos Eslavos) - Comemoração dos Santos Cirilo e Metódio, aos 2 de junho de 1985; ‘Dominum et Vivificantem’ (Senhor e Dador de Vida), em 18 de maio de 1986; ‘Redemptoris Mater’ (Mãe dos Redimidos), aos 25 de março de 1987; ‘Sollicitudo Rei Socialis’ - Sobre assuntos sociais, em 30 de dezembro de 1987; ‘Redemptoris Missio’ - Sobre a validade permanente do mandato missionário, aos 7 de dezembro de 1990; ‘Centesimus Annus’ (Centésimo Ano) - No 100º aniversário da encíclica ‘Rerum Novarum’; sobre o capital e o trabalho, em 1º de maio de 1991; ‘Veritatis Splendor’(Esplendor da Verdade) - sobre questões de moral da Igreja, aos 6 de agosto de 1993; ‘Evangelium Vitae’ (Evangelho da Vida), em 25 de março de 1995; ‘Ut Unum Sint’ (Que Sejam Um) - Empenho no ecumenismo, aos 25 de maio de 1995; ‘Fide et Ratio’ (Fé e Razão), onde condena o ateísmo e a fé sem razão e afirma a posição da filosofia e razão na religião, aos 14 de setembro de 1998 e ‘Ecclesia de Eucharistia’ (Igreja da Eucaristia), em 17 de abril de 2003.


O pontificado de João Paulo II é o terceiro mais longo da história da Igreja Católica. Ao longo dos 26 anos que ocupou o trono de Pedro, visitou mais de 129 países e mais de 1000 localidades, levando a palavra de Deus aos mais diferentes povos e nações do mundo.


Registra a história que a primeira metade do pontificado de João Paulo II foi “marcada pela luta contra o comunismo na Polônia e no restante dos países da Europa e do mundo”. Na seguinte, no entanto, “é de notar a crítica ao mundo ocidental capitalista, opulento e egoísta, dando voz ao Terceiro Mundo e aos pobres”.

Em 1998, numa visita a Cuba, condenou o embargo econômico imposto àquele país pelos Estados Unidos, colocando um ponto final numa relação tensa que durava 39 anos entre a Igreja Católica e o regime de Fidel Castro. Entretanto, cinco anos mais tarde, pelas mãos do Cardeal Ângelo Sodano, enviou uma carta ao presidente cubano, criticando “as duras penas impostas a numerosos cidadãos cubanos e, também as condenações à pena capital”.

(Papa João Paulo II ao lado de Dalai Lama. Roma, Itália, 27 de novembro de 2003.)

(Papa João Paulo II se reúne com o israelense Rabi Meir Lau e o palestinos Sheikh Tatzir Tamimi. Jerusalém, Israel, 23 de março de 2000)


(Papa João Paulo II reza na Igreja do Santo Sepulcro. Jerusalém, Israel, 26 de março de 2000.)

(João Paulo II no Muro das Lamentações)

João Paulo II promoveu uma aproximação com às grandes religiões monoteístas do mundo, embora tenha enfrentando acusações de ‘proselitismo agressivo’ feitas pelo mundo ortodoxo. Em janeiro de 2000, viajou à Terra Santa, onde obteve a reconciliação com os judeus. Em Jerusalém, visitou o Muro das Lamentações e “pediu perdão pelos erros e crimes cometidos pela Igreja no passado”.
Havia um carinho muito especial entre João Paulo II e o povo brasileiro, que é considerado o mais católico do mundo. Por três vezes, ele visitou o Brasil. Em sua primeira visita, desembarcou em Brasília, ao meio-dia do dia 30 de junho de 1980, oportunidade em que foi recebido pelo General João Batista de Figueiredo, o último presidente do regime militar. Sua visita teve como objetivo principal “reforçar a união da família, conciliar as diversas tendências da Igreja Católica (reprimir a ala liberal) e definir seu papel em relação ao Estado”.

(Papa João Paulo II cercado por fiéis. Aparecida, Brasil, 04 de julho de 1980)

(Papa João Paulo II durante sua visita ao Brasil. São Paulo, 03 de julho de 1980.)

(Papa João Paulo II beija o chão em sua chegada ao Brasil. São Paulo, 12 de outubro de 1991 )

Nessa primeira estadia entre nós, João de Deus - que de Brasília partiu para Manaus - percorreu treze cidades em apenas doze dias. A maratona teve um total de 30.000 km. Onze anos mais tarde, entre 12 e 21 de outubro de 1991, esteve pela segunda vez no Brasil, onde quebrou uma tradição: beijou novamente o solo brasileiro, pois ele não costumava beijar o solo de um país que ele já tinha visitado. Naquela oportunidade, João Paulo II visitou sete cidades e fez 31 discursos e homilias.

(Papa João Paulo II ao lado do ex-presidente Fernando Collor. Brasília, Brasil, 14 de outubro de 1991.)

Sua última visita ao Brasil ocorreu entre os dias 2 e 6 de outubro de 1997 e foi a mais curta de todas. Desta vez, já se notava o cansaço da idade. Abatido, o Papa não conseguiu realizar o tradicional ato de beijar o chão, mas mesmo assim, encantou multidões de fiéis que foram ao seu encontro em busca de uma palavra de paz. No Rio de Janeiro, participou do Encontro Mundial da Família, realizado no Maracanã.

(Papa João Paulo II no Brasil - 5 de outubro de 1997.)

Eterno defensor da paz, João Paulo II foi um crítico feroz dos atentados terroristas, das guerras e dos atos de violência pelo mundo”.  Em 2003, seu nome chegou a ser cotado para o Prêmio Nobel da Paz. No entanto, o referido prêmio foi concedido à advogada iraniana Shirin Ebadi.


Espírito consciente e puro, em seu último livro ‘Memória e identidade’, classificou os atentados terroristas como erupções de violência, fazendo expresso pedido pelo fim dessas ações. Refletindo sobre o mundo atual, declarou ainda no mesmo livro:"Noto que os atos de violência diminuíram notavelmente, mas ainda existem no mundo as chamadas ‘redes do terror‘, que representam uma ameaça constante para a vida de milhões de inocentes".
Comentando os atentados de 11 de setembro de 2001, disse aos fiéis presentes na Basílica de São Pedro: “Não há sentimentos de frustração, filosofia ou religião que justifiquem uma aberração como essa”.
Sempre firme em suas posições, João Paulo II defendeu o perdão para a dívida externa dos países em desenvolvimento, alegando que o mundo será melhor quando homens forem iguais, quando as nações viverem em paz. E, classificou a Guerra do Iraque como ‘imoral e injusta’. Como emissário da paz, “João Paulo II teve importante papel no fim de conflitos internacionais. Foi um dos homens que mais trabalhou para encerrar a Guerra Fria, com sua luta obstinada contra o comunismo. O seu legado de paz e liberdade é reconhecido por líderes mundiais, que expressaram dor com a sua morte”.
Após o atentado de maio de 1981, com o passar dos anos João Paulo II tinha cada vez menos condições de aparecer em público. E isto fez com que diminuísse o ritmo de suas viagens. A princípio, começou a sofrer de sérios problemas ósseos. Mais tarde, a Santa Sé anunciou ao mundo que o papa sofria do mal de Parkinson. E, “apesar da debilidade física que marcou a fase final do seu pontificado, e que suscitou, em várias ocasiões, rumores sobre a sua morte, ele nunca perdeu a capacidade missionária e por várias vezes afirmou que levaria o episcopado até ao fim”.



Com a saúde debilitada, João Paulo II que estava internado no Hospital Gemelli, em Roma, recuperando-se de uma forte gripe, foi submetido a uma traaqueotomia para ajudar a respirar, no dia 24 de fevereiro deste ano. A partir desse dia, sua saúde entrou em declínio.
Recolhido aos seus aposentos, no Vaticano - onde viveu em orações até o limite de suas forças físicas - após falha circulatória e renal, e pressão arterial instável, João Paulo II faleceu às 21h37min (hora de Roma e 16h37min hora de Brasília) do dia 2 de abril de 2005, num sábado, que enlutou o mundo inteiro.
Milhares de fiéis assistiram, na Praça São Pedro, ao anúncio do falecimento do Santo Papa. O corpo de João Paulo II - após os rituais prescritos pela Igreja Católica - foi enterrado às 14h20 (9h20, horário de Brasília), da sexta-feira, dia 7 seguinte, na gruta sob a Basílica de São Pedro, a poucos metros do túmulo do Apóstolo Pedro, ao lado do túmulo de Paulo VI e em frente ao de João Paulo I. Uma lápide, com uma inscrição latina assinalando seu nome, a data de seu nascimento e morte, cobre a sepultura.
No Brasil, o maior país católico do mundo, o presidente Luís Inácio Lula da Silva decretou luto oficial por três dias após a morte do papa João Paulo II, ato que foi seguido por todos os governos estaduais.
Para Dom Geraldo Magela, Presidente da CNBB, “Cristo decidiu ter um vigário na terra, alguém visível que o representasse de modo mais especial junto a toda a Igreja e este alguém foi o Santo Padre”.
O presidente Lula afirmou à imprensa que a morte do Papa João Paulo II, entristeceu “profundamente o povo brasileiro, que tinha pelo Santo Padre grande afeto. Suas três visitas ao Brasil serão sempre recordadas com viva emoção. A canção ‘João de Deus’, entoada espontaneamente pelo povo brasileiro, expressou esta relação de carinho e respeito”.
João Paulo II será lembrado por sua incessante luta pela paz. Mesmo sendo o papa mais jovem desde Pio IX, ele “tornou-se o Papa cuja ação foi mais decisiva no século XX: as suas viagens ultrapassaram em número e extensão as de todos os antecessores juntos, reunindo sempre multidões”.

(Papa João Paulo II é presenteado com um cocar em Brasília. Brasil, 11 de outubro de 1991.)

(Yasser Arafat recebe o Papa João Paulo II. Roma, Itália, 02 de agosto de 2001.)


Possuidor de um carisma à semelhança de João XXIII, foi o primeiro a pregar numa igreja luterana e numa mesquita, e o primeiro a visitar o Muro das Lamentações, em Jerusalém. Durante seu pontificado, João Paulo II celebrou 147 cerimônias de beatificação e 51 de canonizações. Em resumo, proclamou 1338 beatos e 482 santos. E, “por seu carisma e habilidade para lidar com os meios de comunicação”, reconhecidamente, João Paulo II é o Papa mais popular da história.

Para fechar a biografia de João Paulo II segue abaixo uma música em homenagem ao Papa feita pela banda Anjos de Resgate:



Paz e fogo.
Fonte: http://www.construindoahistoria.com/2011/05/joao-paulo-ii-o-estadista-da-paz.html




























Martírio de São João Batista Quinta-feira 29/09/2013

Primeira Leitura (Jr 1,17-19)

Leitura do Livro do Profeta Jeremias.

Naqueles dias, a Palavra do Senhor foi-me dirigida: 17“Vamos, põe a roupa e o cinto, levanta-te e comunica-lhes tudo que eu te mandar dizer. Não tenhas medo, senão, eu te farei tremer na presença deles.
18Com efeito, eu te transformarei hoje numa cidade fortificada, numa coluna de ferro, num muro de bronze contra todo o mundo, frente aos reis de Judá e seus príncipes, aos sacerdotes e ao povo da terra; 19eles farão guerra contra ti, mas não prevalecerão, porque eu estou contigo para defender-te”, diz o Senhor.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo
Responsório (Sl 70)

— Minha boca anunciará vossa justiça!

— Minha boca anunciará vossa justiça!


— Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor: que eu não seja envergonhado para sempre! Porque sois justo, defendei-me e libertai-me! Escutai a minha voz, vinde salvar-me!
— Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, o meu refúgio, proteção e segurança! Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio.
— Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, em vós confio desde a minha juventude! Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, desde o seio maternal, o meu amparo.
— Minha boca anunciará todos os dias vossa justiça e vossas graças incontáveis. Vós me ensi­nastes desde a minha juventude, e até hoje canto as vossas maravilhas.



Evangelho (Mc 6,17-29)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 17Herodes tinha mandado prender João, e colocá-lo acorrentado na prisão. Fez isso por causa de Hero­díades, mulher de seu irmão Filipe, com quem se tinha casado. 18João dizia a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão”. 19Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, mas não podia. 20Com efeito, Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia. Gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava.
21Finalmente, chegou o dia oportuno. Era o aniversário de Herodes, e ele fez um grande banquete para os grandes da corte, os oficiais e os cidadãos importantes da Galileia. 22A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e seus convidados. Então o rei disse à moça: “Pede-me o que quiseres e eu to darei”. 23E lhe jurou dizendo: “Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino”.
24Ela saiu e perguntou à mãe: “O que vou pedir?” A mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. 25E, voltando depressa para junto do rei, pediu: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista”. 26O rei ficou muito triste, mas não pôde recusar. Ele tinha feito o juramento diante dos convidados. 27Imediatamente, o rei mandou que um soldado fosse buscar a cabeça de João.
O soldado saiu, degolou-o na prisão, 28trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe. 29Ao saberem disso, os discípulos de João foram lá, levaram o cadáver e o sepultaram.


— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

19º Semana Comum Terça-feira 13/08/2013

Primeira Leitura (Dt 31,1-8)

Leitura do Livro do Deuteronômio.

1Moisés dirigiu-se a todo Israel com as seguintes palavras: 2“Tenho hoje cento e vinte anos e já não posso deslocar-me. Além do mais, o Senhor me disse: ‘Não atravessarás este rio Jordão’. 3É o Senhor teu Deus que irá à tua frente; ele mesmo, à tua vista, destruirá todas essas nações, para que ocupes suas terras. Josué passará adiante de ti, como disse o Senhor.
4E o Senhor fará com esses povos o que fez com Seon e Og, reis dos amorreus, e com suas terras, que ele destruiu. 5Quando, pois, o Senhor os entregar a vós, fareis com eles exatamente o que vos ordenei. 6Sede fortes e valentes; não vos intimideis nem tenhais medo deles, pois o Senhor teu Deus é ele mesmo o teu guia, e não te deixará nem te abandonará”.
7Depois Moisés chamou Jo­sué e, diante de todo Israel, lhe disse: “Sê forte e corajoso, pois és tu que introduzirás este povo na terra que o Senhor sob juramento prometeu dar a seus pais, e és tu que lhe darás a posse dela. 8O Senhor que é o teu guia, marchará à tua frente, estará contigo e não te deixará nem te abandonará. Por isso, não temas nem te acovardes”.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

 Salmo
Responsório (Dt 32,3-12)

— A porção do Senhor é o seu povo.
— A porção do Senhor é o seu povo.


— O nome do Senhor vou invocar; vinde todos e dai glória a nosso Deus! Ele é a Rocha: suas obras são perfeitas.
— Recorda-te dos dias do passado e relembra as antigas gerações; pergunta, e teu pai te contará; interroga, e teus avós te ensinarão.
— Quando o Altíssimo os povos dividiu e pela terra espalhou os filhos de Adão, as fronteiras das nações ele marcou de acordo com o número de seus filhos;
— Mas a parte do Senhor foi o seu povo, e Jacó foi a porção de sua herança. O Senhor, somente ele, foi seu guia, e jamais um outro deus com ele estava.

Evangelho (Mt 18,1-5.10.12-14)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” 2Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles 3e disse: “Em verdade vos digo, se não vos con­ver­terdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. 4Quem se faz pequeno como esta criança, este é o maior no Reino dos Céus. 5E quem recebe em meu nome uma criança como esta é a mim que recebe.
10Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus. 12Que vos parece? Se um homem tem cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixa ele as noventa e nove nas montanhas, para procurar aquela que se perdeu? 13Em verdade vos digo, se ele a encontrar, ficará mais feliz com ela, do que com as noventa e nove que não se perderam. 14Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos”.


— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

18º Semana Comum - Sexta-feira 08/08/2013

Primeira Leitura (Dt 4,32-40)

Leitura do Livro do Deute­ronômio.

Moisés falou ao povo dizendo: 32Interroga os tempos antigos que te precederam, desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra e investiga de um extremo a outro dos céus, se houve jamais um acontecimento tão grande, ou se ouviu algo semelhante.
33Existe, porventura, algum povo que tenha ouvido a voz de Deus falando-lhe do meio do fogo, como tu ouviste, e tenha permanecido vivo? 34Ou terá vindo algum Deus escolher para si um povo entre as nações, por meio de provações, de sinais e prodígios, por meio de combates, com mão forte e braço estendido, e por meio de grandes terrores, como tudo o que por ti o Senhor vosso Deus fez no Egito, diante de teus próprios olhos?
35A ti foi dado ver tudo isso, para que reconheças que o Senhor é na verdade Deus e que não há outro Deus fora ele. 36Do céu ele te fez ouvir sua voz para te instruir, e sobre a terra te fez ver o seu grande fogo; e do meio do fogo ouviste suas palavras,37porque amou teus pais e, depois deles, escolheu seus descendentes.
Ele te fez sair do Egito por seu grande poder, 38para expulsar, de diante de ti, nações maiores e mais fortes do que tu, e para te introduzir na terra deles e dá-la a ti como herança, como tu estás vendo hoje.
39Reconhece, pois, hoje, e grava-o em teu coração, que o Senhor é o Deus lá em cima do céu e cá embaixo na terra, e que não há outro além dele. 40Guarda suas leis e seus man­damentos que hoje te prescrevo, para que sejas feliz, tu e teus filhos depois de ti, e vivas longos dias sobre a terra que o Senhor teu Deus te vai dar para sempre.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo
Responsório (Sl 76)

— Penso em vossas maravilhas, ó Senhor!
— Penso em vossas maravilhas, ó Senhor!


— Recordando os grandes feitos do passado, vossos prodígios eu relembro, ó Senhor; eu medito sobre as vossas maravilhas e sobre as obras grandiosas que fizestes.
— São santos, ó Senhor, vossos caminhos! Haverá Deus que se compare ao nosso Deus? Sois o Deus que operastes maravilhas, vosso poder manifestastes entre os povos.
— Com vosso braço redimistes vosso povo, os filhos de Jacó e de José. Como um rebanho conduzistes vosso povo e o guiastes por Moisés e Aarão.

Evangelho (Mt 16,24-28)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 24Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga. 25Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai en­­co­n­trá-la.
26De fato, de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua vida? Que poderá alguém dar em troca de sua vida? 27Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta. 28Em verdade vos digo: Alguns daqueles que estão aqui não morrerão antes de verem o Filho do Homem vindo com seu Reino”.


— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.