sexta-feira, 4 de outubro de 2013

São Francisco de Assis

No dia quatro de outubro comemora-se o dia de São Francisco de Assis, conheçamos então um pouco da história desse Santo que  foi chamado por Jesus Cristo a reconstruir sua Igreja.


ão Francisco de Assis nasceu em Assis, Itália, em 1182. Era filho de Pedro Bernardone, um rico comerciante, e Pia, de família nobre da Provença.  Na juventude, Francisco era muito rico e esbanjava dinheiro com ostentações. Porém, os negócios de seu pai não lhe despertaram interesse, muito menos os estudos. O que ele queria mesmo era se divertir. Porém, São Boaventura, seu contemporâneo, escreveu sobre ele: “Mas, com o auxílio divino, jamais se deixou levar pelo ardor das paixões que dominavam os jovens de sua companhia”.

Vida de São Francisco

Na juventude de Francisco, por volta de seus vinte anos, uma guerra começou entre as cidades italianas chamadas Perugia e Assis. Ele queria combater em Espoleto, entre Assis e Roma, mas caiu enfermo. Durante a doença, Francisco ouviu uma voz sobrenatural. Esta lhe pedia para ele "servir ao amor e ao Servo". Pouco a pouco, com muita oração, Francisco sentiu em seu coração a necessidade de vender seus bens e “comprar a pérola preciosa” sobre a qual ele lera no Evangelho.
Certa vez, ao encontrar um leproso, apesar da repulsa natural, venceu sua vontade e beijou o doente. Foi um gesto movido pelo Espírito Santo. A partir desse momento, ele passou a fazer visitas e a servir aos doentes que sem encontravam nos hospitais. Aos pobres, presenteava com suas próprias roupas e também com o dinheiro que tivesse no momento.

O Chamado

Num dia simples, mas muito especial, num momento em que Francisco rezava sozinho na Igreja de São Damião, em Assis, ele sentiu que o crucifixo falava com ele,  repetindo por três vezes a frase que ficou famosa: "Francisco, repara minha casa, pois olhas que está em ruínas". O santo vendeu tudo o que tinha e levou o dinheiro ao padre da Igreja de São Damião, e pediu permissão para viver com ele. Francisco tinha vinte e cinco anos.
Pedro Bernardone, ao saber o que seu filho tinha feito, foi busca-lo indignado, levou-o para casa, bateu nele e acorrentou-o pelos pés. A mãe, porém, o libertou na ausência do marido, e o jovem retornou a São Damião. Seu pai foi de novo buscá-lo. Mandou que ele voltasse para casa ou que renunciasse à sua herança. Francisco então renunciou a toda a herança e disse: "As roupas que levo pertencem também a meu pai, tenho que devolvê-las". Em seguida se desnudou e entregou suas roupas a seu pai, dizendo-lhe: “Até agora tu tem sido meu pai na terra, mas agora poderei dizer: ‘Pai nosso, que estais nos céus”.

Renúncia de São Francisco de Assis

Para reparar a Igreja de São Damião, Francisco pedia esmola em Assis. Terminado esse trabalho, começou reformar aIgreja de São Pedro. Depois, ele retirou-se para morar numa capela com o nome de Porciúncula. Ela fazia parte daabadia de Monte Subasio, cuidada pelos beneditinos. Ali o céu lhe mostrou o que realmente esperava dele.
O trecho do Evangelho da Missa daquele dia dizia: "Ide a pregar, dizendo: o Reino de Deus tinha chegado. Dai gratuitamente o que haveis recebido gratuitamente. Não possuas ouro, nem duas túnicas, nem sandálias...” A estas palavras, Francisco tirou suas sandálias, seu cinturão e ficou somente com a túnica.

Milagres de São Francisco de Assis

Deus lhe concedeu o dom da profecia e o dos milagres. Quando Francisco pedia esmolascom o fim de restaurar a Igreja de São Damião, ele dizia: "Um dia haverá ali um convento de religiosas, em cujo nome se glorificará o Senhor e a Igreja". A profecia se confirmou cinco depois com Santa Clara e suas religiosas. Ao curar, com um beijo, o câncer que havia desfigurado o rosto de um homem, São Boaventura comentou para São Francisco de Assis: "Não se há que admirar mais o beijo do que o milagre?"

Fundação da Ordem dos Frades Menores (O.F.M.)

Francisco começou a anunciar a verdade, no ardor do Espírito de Cristo. Convidou outros a se associarem a ele na busca da perfeita santidade, insistindo para que levassem uma vida de penitência. Alguns começaram a praticar a penitência e em seguida se associaram a ele, partilhando a mesma vida. O humilde São Francisco de Assis decidiu que eles se chamariam Frades Menores.
Surgiram assim os primeiros 12 discípulos que, segundo registram alguns documentos, “foram homens de tão grande santidade que, desde os Apóstolos até hoje, não viu o mundo homens tão maravilhosos e santos”. O próprio Francisco disse em testamento: “Aqueles que vinham abraçar esta vida, distribuíam aos pobres tudo o que tinham. Contentavam-se só com uma túnica, uma corda e um par de calções, e não queriam mais nada”. Os novos apóstolos reuniram-se em torno da pequena igreja da Porciúncula, ou Santa Maria dos Anjos, que passou a ser o berço da Ordem.

A nova ordem religiosa de São Fracisco de Assis

Em 1210, quando o grupo contava com doze membros, São Francisco de Assis redigiu uma regra pequena e informal. Esta regra era, na sua maioria, os conselhos de Jesus para que possamos alcançar a perfeição. Com ela foram à Roma apresentá-la ao Sumo Pontífice. Lá, porém,relutavam em aprovar a nova comunidade. Eles achavam que o ideal de Francisco eramuito rígidoa respeito da pobreza. Por fim, porém, um cardeal afirmou: "Não podemos proibir que vivam como Cristo mandou no Evangelho".
Receberam a aprovação e voltaram a Assis, vivendo na pobreza, em oração, em santa alegria e grande fraternidade, junto a Igreja da Porciúncula. Mais tarde, Inocêncio III mandou chamar São Francisco de Assis e aprovou a regra verbalmente. Logo em seguida o papa impôs a eles o corte dos cabelos, e lhes enviou em missão de pregarem a penitência.

São Francisco de Assis, um exemplo de vida

São Francisco de Assis manifestava seu amor a Deus por uma alegria imensa, que se expressava muitas vezes em cânticos ardorosos. A quem lhe perguntava qual a razão de tal alegria, respondia que “ela deriva da pureza do coração e da constância na oração”.
A santidade de São Francisco de Assis lhe angariou muitos discípulos e atraiu também uma jovem, filha do Conde de SassoRosso, Clara, de 17 anos. Desde o momento em que o ouviu pregar, compreendeu que a vida que ele indicava era a que Deus queria para ela. Francisco tornou-se seu guia e pai espiritual. Nascia assim a Ordem Segunda dos Franciscanos, a das Clarissas. Depois, Inês, irmã de Clara, a seguia no claustro; mais tarde uma terceira, Beatriz se juntou a elas.

Sabedoria divina

Certa vez, São Francisco de Assis, sentindo-se fortemente tentado pela impureza, deitou-se sem roupas sobre a neve. Outra vez, num momento de tentação ainda mais violenta, ele rolou sobre espinhos para não pecar e vencer suas inclinações carnais.
Sua humildade não consistia simplesmente no desprezo sentimental de si mesmo, mas na convicção de que "ante os olhos de Deus o homem vale pelo que é e não mais". Considerando-se indigno do sacerdócio, São Francisco de Assis apenas chegou a receber o diaconato. Detestava de todo coração o exibicionismo.
Uma vez contaram-lhe que um dos irmãos amava tanto o silêncio que até quando ia se confessar, fazia-o por sinais. São Francisco respondeu desgostoso:"Isso não procede do Espírito de Deus, mas sim do demônio; é uma tentação e não um ato de virtude". Francisco tinha o dom da sabedoria. Certa vez, um frade lhe pediu permissão para estudar. Francisco respondeu que, se o frade repetisse com amor e devoção a oração "Glória ao Pai", se tornaria sábio aos olhos de Deus. Ele mesmo, Francisco, era um grande exemplo da sabedoria dessa maneira adquirida.

São Francisco de Assis e os animais

A proximidade de Francisco com a natureza sempre foi a faceta mais conhecida deste santo. Seu amor universalista abrangia toda a Criação, e simbolizava um retorno a um estado de inocência, como Adão e Eva no Jardim do Éden.

Os estigmas de São Franscisco de Assis

Dois anos antes de sua morte, tendo Francisco ido ao Monte Alverne em companhia de alguns de seus frades mais íntimos, pôs-se em oração fervorosa e foi objeto de uma graça insigne.
Na figura de um serafim de seis asas apareceu-lhe Nosso Senhor crucificado que, depois de entreter-se com ele em doce colóquio, partiu deixando-lhe impressos no corpo os sagrados estigmas da Paixão. Assim, esse discípulo de Cristo, que tanto desejara assemelhar-se a Ele, obteve mais este traço de similitude com o Divino Salvador.

Devoção a São Francisco de Assis

No verão de 1225, Francisco esteve tão enfermo, que o cardeal Ugolino e o irmão Elias o levaram ao médico do Papa, em Rieti. São Francisco de Assis perguntou a verdade e lhe dissessem que lhe restava apenas umas semanas de vida. "Bem vinda, irmã Morte!", exclamou o santo.
Em seguida pediu para ser levado à Porciúncula. Morreu no dia três de outubro de 1226, com menos de 45 anos, depois de escutar a leitura da Paixão do Senhor. Ele queria ser sepultado no cemitério dos criminosos, mas seus irmãos o levaram em solene procissão à Igreja de São Jorge, em Assis.
Ali esteve depositado até dois anos depois da canonização. Em 1230, foi secretamente trasladado à grande basílica construída pelo irmão Elias. Ele foi canonizado apenas dois anos depois da morte, em 1228, pelo Papa Gregório IX. Sua festa é celebrada em 04 de outubro.

Oração a São Francisco de Assis

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

A oração de São Francisco foi transformada numa linda canção, que hoje nós deixamos para que cada palavra cantada seja para nós um compromisso que assumimos com Deus na missão de servos seus:


Fonte: http://www.cruzterrasanta.com.br/historia/sao-francisco-de-assis







Os evangelistas

Como os outros livros da Bíblia, também os evangelhos só foram escritos muito tempo depois que aconteceram os fatos narrados. Por isso, primeiro os evangelistas conheceram Jesus; depois, escreveram sobre ele. E você sabe como eles o conheceram? Será que todos se encontraram pessoalmente com Jesus? Não. Apenas São Mateus e São João. São Marcos e São Lucas só puderam c nhecer Jesus através de outras pessoas, principalmente dos apóstolos São Pedro e São Paulo.

Enquanto os evangelistas ouviam o que as pessoas diziam sobre Jesus, eles perceberam como a sua presença mexia com as pessoas. Jesus trazia uma mensagem nova, cheia de sabedoria. E todos se admiravam de seu ensinamento. Veja só com que palavras Jesus iniciou a sua pregação na Galiléia: "O Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no evangelho" (Mc 1,15).

Porém, mais do que as palavras, eram as atitudes e as ações de Jesus que impressionavam as pessoas. Muitos reconheceram o poder dele. E o povo comentava: "Nunca vimos ninguém, antes dele, que fosse capaz de fazer um surdo ouvir ou um mudo falar!"

Diante disso, os evangelistas tiveram a brilhante idéia de escrever os fatos e feitos de Jesus. 

Dessa forma, sua história podia ser conhecida e sua mensagem recebida por todos. 

Assim, nasceram os evangelhos. Contudo, não se sabe, com certeza, quando eles foram escritos. Os estudiosos da Bíblia afirmam que foi entre os anos 50 e 100 (vários anos depois da morte de Jesus).

Nessa tarefa, os evangelistas tiveram também a ajuda do Espírito Santo, que lhes deu muita sabedoria e os iluminou. Por isso, eles souberam transmitir a verdade sobre o Filho de Deus, usando palavras e exemplos bem simples para que todos pudessem entendê-los. Mesmo assim, nem todos aceitaram Jesus.

E agora, acompanhemos o trabalho de cada evangelista.

SÃO MARCOS


Marcos, também chamado João Marcos, escreveu seu evangelho a partir das pregações de São Pedro.

A grande preocupação de São Marcos era mostrar aos novos cristãos (convertidos e batizados) que aquele Jesus que os homens não aceitaram, crucificaram e mataram, era também o Flho de Deus glorioso que ressuscitou na Páscoa.

Marcos percebeu ainda que o povo esperava que Jesus (o Messias) fosse um Deus guerreiro e vencedor pela espada; não um Deus tão parecido com as pessoas simples do povo. Isso o decepcionou. Porém, o evangelista entendeu que era esse o segredo de Jesus: ele não apenas sofreu e morreu, mas também ressuscitou! porque era o Filho de Deus.

Diante disso, Marcos não teve dúvidas. No seu evangelho, ele comunicaria a bondade e a divindade de Jesus. Por isso, ele narrou muitos fatos importantes de sua vida, destacando a pregação, as curas e os milagres. Confira na sua Bíblia quais são esses fatos e que milagres Jesus fez segundo o evangelho de São Marcos.


SÃO MATEUS
Mateus conheceu Jesus bem de perto. Ele foi um dos doze apóstolos. Antes, exercia a profissão de cobrador de impostos públicos. Chamava-se Levi. O nome de Mateus foi-lhe dado depois que Jesus o chamou para ser apóstolo. Inclusive, ele mesmo conta como Jesus o chamou para segui-lo. (Veja Mt 9,9.)

E quais são os fatos que Mateus narra no seu evangelho? Encontramos nele muitos fatos e aspectos já apresentados por Marcos. Porém, Mateus os apresenta de outra forma. Ele fala sobre o nascimento de Jesus; depois, da sua missão, morte e ressurreição.

Sobretudo. Mateus preocupava-se em mostrar aos judeus, a comunidade para quem ele escreveu seu evangelho, que Jesus é o mesmo Salvador prometido. Ele prova que na pessoa e na obra de Jesus a promessa de Deus se realiza. Por isso, cita muitos textos bíblicos do Antigo Testamento, que falam de Jesus como o Messias anunciado pêlos profetas.

Vejamos.por exemplo, o fato do nascimento de Jesus em Belém. Ele está em Mt 2,6 e tem ligação com as palavras de Miquéias (Mq 5,1). Acompanhemos o que ele diz: "E tu, Belém, não és de modo algum a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um Chefe que será pastor de Israel, meu povo. Suas origens são de tempos antigos'.

Mesmo assim os judeus não acreditaram. E Mateus continuou insistindo em sua afirmação de que Jesus é verdadeiramente o Salvador prometido, o Filho de Deus.


SÃO LUCAS
Lucas, ao contrário de Mateus, não conheceu Jesus. Era pagão (não batizado). Vivia na cidade de Antioquia onde nasceu e trabalhava como médico. Como então, ele pôde escrever seu evangelho? Isso só aconteceu depois da sua conversão. Ou seja, depois que ele conheceu Jesus através da pregação de São Paulo.

A partir daí, Lucas acompanhou São Paulo em quase todas as viagens missionárias. Esteve sempre ao lado dele, também nos momentos mais difíceis, como na prisão de Paulo, em Roma.

No evangelho de Lucas, encontramos fatos já narrados por Marcos e Mateus. Diferente, porém,é a linguagem que ele usa. Por exemplo,ao falar da infância de Jesus, só ele descreve todos os detalhes do seu nascimento. Ele mostra não só como Jesus nasceu,mas indica também a sua origem e qual era a sua missão nesta Terra. (Confira Lc 2,1-8.)

E não só. Lucas insiste na ternura de Jesus para com os humildes, os pobres, enquanto os orgulhosos são tratados duramente.

Além disso, ele mostra que Deus (o pai de Jesus e nosso pai) é um Deus de amor e bondade. Por isso, ele cura as doenças, perdoa e salva o pecador arrependido, como o bom ladrão pregado na cruz ao lado de Jesus (Lc 23, 39 - 43).

Seu evangelho tinha a finalidade de fortalecer a fé dos novos cristãos, de origem pagã, convertidos a Jesus, como ele.


SÃO JOÃO
João era um pescador, e irmão de Tiago, que também foi um dos doze apóstolos. Veja em Mt 10,1- 4, os nomes dos outros apóstolos. E por que Jesus chamou esses doze homens?

Chamou-os para que depois eles pregassem a mensagem de Deus a todos os povos. E como ele mesmo diz, João é "aquele que Jesus amava". Ele sempre foi amigo de Jesus; nunca o abandonou, nem mesmo junto à cruz. E foi aí, que Jesus pediu a João que cuidasse de Nossa Senhora depois que ele morresse.

A preocupação de João, ao escrever seu evangelho, foi mostrar aos cristãos a origem divina de Jesus. Por este motivo, ele lembra, já no início do livro, que desde a criação do mundo, Jesus não só estava junto de Deus, mas ele era também Deus (Jo 1,1).

E João continua afirmando que foi por amor que Jesus se tomou homem; e veio para salvar e dar vida a todos os homens. Jesus demonstrou isso através da sua vida e dos milagres que fez. Os milagres revelam o poder de Jesus e simbolizam os dons que ele traz a todos; a vida, o pão vivo, a luz etc. Através desses dons, Jesus nos faz fortes para amar e ajudar as outras pessoas. Este é o mandamento que ele nos deixou: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei" (Jo 13, 12).

Agora que acompanhamos a história de Jesus narrada nos evangelhos, podemos afirmar com os evangelistas: realmente Jesus não é apenas um homem como todos os outros; ele é também o Filho de Deus!

Fonte: http://www.catequisar.com.br/texto/materia/biblia/crianca/nt03.htm


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

1º Acampamento Teologia do Corpo


O encontro teologia do corpo irá acontecer nos dia 05 e 06 de outubro de 2013. 

Início: 13h30min do dia 05 de outubro (sábado). 
Termino: 17h00 do dia 06 de outubro (domingo). 
Local: Av. Jacarandá, 9 (esquina com a Av. Ipê Branco) - B. Morada dos Pássaros. 
Locomoção: Iremos todos de carro (locomoção própria). 
 *Caso você não tenha carro ou condução para ir, nos informe que organizaremos a locomoção. 
Valor da inscrição: R$25,00 (vinte e cinco reais) 
Estará incluso: jantar (sábado) /café da manhã (domingo) e almoço (domingo). 
*Todos os participantes do acampamento vão dormir no local. 
*Quanto à questão de dormir é preciso levar: barraca/saco de dormir, travesseiro, coberta,toalha, roupa de banho e material de higiene pessoal. 

Telefones para contato/informações: 
9183-1138 (Lucas Zardo) 
9656-7774 (Paulo Henrique) 
9133-6144 (Guilherme Fernandes)


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Desertos da vida

Desespero, sentimento de solidão, tristeza, pressa para que as coisas cheguem e aconteçam, quem de nós jovens nunca passou por esses sentimentos? A idade, a ansiedade, o sentimentos sempre a flor da pele, intensos, a inexperiência com as situações, o medo por agora estarmos tomando posso do nosso nariz, quando pouco sabemos do mundo e da vida. São situações inevitáveis a toda pessoa, fase da vida ao qual damos o nome de juventude.
E quantas coisas vem tentar nos pegar, nos arrastar para elas, para o mundo que se apresenta como certo? O mundo vem sorridente, nos mostrando algo para aqui e para agora, parecendo tão fácil e o que nos fazemos? Quanto temos visto Deus nas coisas, nas pessoas e no que fazemos? Como temos colocado o Senhor nas nossas vidas para nos ensinar como caminhar essa nova caminhada? Quanto temos nos submetido ao Senhorio de Jesus?


Perguntas e mais perguntas surgem na nossa mente, temos a sensação de estarmos num deserto, assim como o que Jesus caminhou durante quarenta dias, um lugar vazio e ao mesmo tempo cheio do que carregamos em nós. 
Mas se estamos em Cristo, precisamos no enraizar e firmar Nele e na sua palavra, nenhum deserto, nenhuma tentação, nenhum mal nos atingirá se aos pés de Jesus estivermos e guardados sob a proteção do seu amor, o escudo inabalável. 
Assim diz a palavra do Senhor: "Cheio do Espírito Santo, voltou Jesus do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto, onde foi tentado pelo demônio durante quarenta dias. Durante esse tempo Ele nada comeu e terminado esses dias teve fome". (Lucas 4, 1-2). Irmãos inúmeras vezes somos levados ao deserto, ou nos colocamos num deserto, e nesse tempo ao invés de esperarmos no Senhor por mais que a situação esteja ruim e dolorosa nós nos alimentamos do que o mundo nos oferece para saciar a fome que se apresenta a carne como insuportável, mas que a um espírito fortalecido na fé se faz como uma batalha a ser vencida com a força do Espírito Santo. 
Precisamos assim como Jesus sermos fortes, o demônio está a espreita e assim que nos percebe fracos ele nos apresenta toda a sua pompa e beleza falsas, festas que te deixam alegres apenas por horas e abrem ainda mais um buraco em nossos corações, bebidas que te fazem esquecer a dor apenas por questões de horas enquanto o álcool está fazendo efeito no seu corpo, drogas que te fazem ficar anestesiado no prazo em que os reagentes químicos dela circulam pelo seu sangue... Pode até ser que não chegue a extremos como esses, o pai da mentira tem métodos mais sorrateiros de te derrubar quando se está de cabeça baixa, não tendo os olhos voltados para o amor de Deus, ele pode  te levar a tristeza profunda, a depressão, ao sentimento de inferioridade, de incapacidade, a desejos, sonhos e planos desregrados e incoerentes com os mandamentos de Deus, te fazendo destruir o templo do Espírito Santo que é você. Pois se o Espírito de Deus não habitar em você se vocês o expulsar do seu coração de onde virá a força e o escudo que te reveste? Você se torna então presa fácil a ação do mal. 
E Jesus contínua a nos dizer "Disse-lhe então o demônio: "Se és o filho de Deus, ordena a esta pedra que se torne pão". Jesus respondeu: não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra de Deus (Dt 8,3)".  (Lucas 4, 3-4). Jovens o ser humano por vezes usa da sua racionalidade do modo mais irracional possível, pensando que está sendo inteligente na verdade está demonstrando a mais pura ignorância, ou seja, querendo acreditar somente no que os olhos veem e pensam: se Deus não está realizando meus sonhos agora não os está transformando em realidade, não esta fazendo dessa minha dor uma alegria apensas por uma ordem, Ele não me ama, e deixa-se a fé escorrer pelo ralo. Mas irmãos reflitam um pouco o quanto o mal nos pega por sabermos que somos assim todos apressado: assim como o diabo quis que Jesus transformasse aquela pedra num pão, nos queremos que Deus faça tudo o que desejamos do modo como pensamos sem alterar nada e no tempo mais curto. Porém usemos então a lógica e a racionalidade: se Deus não é desse mundo, se o céu pelo qual lutamos não pertencem ao que aqui vemos, como então querermos ver com os olhos humanos o que se da na ordem do Espírito e da graça? Como querermos que Deus faça algo agora, quando para Ele o tempo nem exista? Não nos deixemos levar pela ansiedade nem pela descrença, Deus não se faz por provas, a maior prova de amor Ele já nos deu que foi Jesus Cristo. Agora cabe a nos crermos nele, termos fé sem impor ao Senhor um tempo, uma data. Deus nos conhece melhor do que a nos mesmos se algo ainda não se realizou e porque ainda não estamos preparados para tal coisa, nada feito por Deus é em vão o tempo por Ele dado é um tempo de formação para aquilo que iremos receber.
Ainda no capítulo sobre a tentação no deserto Jesus nos diz: "O demônio o levou em seguida a um alto monte e mostrou-lhe em um só momento todos os reinos da terra, e disse-lhe: "Eu te darei todo este poder e a glória dos reinos, porque me foram dados, e dou-os a quem quero. Portanto,  se prostrares diante de mim, tudo será teu". Jesus disse-lhe: "Está escrito: Adorarás o Senhor, teu Deus, e a ele só servirás (Dt 6, 13)." (Lucas 4, 5-8). Incontáveis vezes nos é mostrado pelo mal vários reinos, vários poderes: o dinheiro, a beleza extrema, o luxo, a manipulação, o controle dos que nos cercam, a certeza da sabedoria exata de tudo. O intuito do diabo é que nos passemos a servir e adorar esses ditos poderes, hoje em dia quantas mortes, crimes, maldades inimagináveis vemos serem feitas para a conquistas destes. Irmãos sejamos firmes as tentações do demônio, ele irá tentar nos seduzir por diversos meios até que estejamos sob o seu poder, mas não se esqueçam que ele é o pai da mentira desse modo tudo o que dele vier será também mentira. Não se deixe levar por nada que lhe apresente fácil, a vida que se segue com Cristo não será simples e fácil não, e Deus jamais nos enganou quanto a isso tanto que Jesus nos disse quem quiser me seguir renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga, porém a recompensa que teremos será grandiosa e fará valer tudo, temos a promessa do Senhor de uma vida eterna, em paz, a salvação. Enquanto que aceitando as propostas de facilidade do diabo teremos o que hoje vemos, o salário do pecado é a morte, todos os reinos que ele nos apresenta são falhos, de areia, e se destruirá quando Deus voltar. Pois ao contrário do que o diabo disse a Jesus a glória e o poder somente pertence ao Senhor Deus e ninguém mais, sendo assim não nos cabe ter domínio da glória e do poder temos que fugir de sermos novos Adões e Evas que deixaram se levar pela proposta do demônio de ter a sabedoria e o poder de Deus. 
Por fim Jesus nos falou "O demônio levou-o ainda a Jerusalém ao ponto mais alto do templo, e disse-lhe: "Se és filho de Deus, lança-te daqui debaixo; porque está escrito: Ordenou aos anjos a teu respeito que te guardassem. E que te sustivessem  em suas mãos, para não ferires o teu pé nalguma pedra" (Sl 90, 11s). Jesus disse: "Foi dito: não tentarás o Senhor, teu Deus." (Lucas 4, 9-12). Tenhamos cuidado irmãos quando estivermos nesses desertos da vida, porque o diabo virá até nós, querendo nos colocar contra Deus, nos colocando ideias de falta de fé e descrença no Senhor. Tenhamos cuidado até que ponto deixamos nossa tristeza chegar, Jesus caminhou no deserto, porém não permaneceu todos os seus dias nele, foi tentado pelo diabo, sofreu, passou por provações, no entanto em momento algum perdeu a fé em seu Pai, e enxergou nesse tempo não uma período impossibilidades e de fim de tudo, mas de reflexões para um recomeço. Façamos do nosso deserto não uma clausura ou um túmulo, mas sim tempo de reflexão da nossa vida, usemos nossos questionamentos não para tentar a Deus, mas para conhecermos a nos mesmos pois as perguntas que temos não são para Deus e sim por insatisfação conosco mesmo. Aproveitemos esse tempo para ouvir a voz de Deus e nos apegar a Ele para sermos fortes e resistir a tudo o que vier a nós.
Jovens a juventude é um período muito conturbado e constantemente passamos por desertos tenhamos pois cuidados e sobretudo muita fé lembrando do que Jesus passou e fez quando no deserto esteve.

Para pensarmos nesse assunto trazemos hoje uma música linda linda:


Como a música do Matt Maher está em inglês segue abaixo a tradução:

"40 days to wander, 40 days to die to self 

40 dias para vaguear, 40 dias para morrer pra si
40 days to grow stronger as faith breaks open the gates of hell. 
40 dias para crescer mais forte já que a fé abre os portões do inferno

The Jubilee is over, but grace is far from gone 
O Jubileu acabou, mas a graça está longe de ter ido
In the hearts of the faithful, broken on the wheels of love. 
Nos corações dos cheios de fé, despedaçados nas rodas do amor

Chorus: 
Refrão:
In the desert of temptation, lies the storm of true conversion, where springs of living water drown and refresh you And as the Jordan pours out change, your true self is all that remains, where springs of living water bind and break you. 
No deserto da tentação, encontra-se atempestade da verdadeira conversão, onde mananciais de água viva inundam e refrescam você e enquanto a Jordâni derrama mudança, sua própria verdade é tudo o que resta, onde mananciais de água viva prendem e dividem você.

40 days to remember the Paschal sacrifice 
40 dias para lembrar o sacrifício Pascal
40 days to discover as passion calls us to new life 
40 dias para descobrir enquanto a paixão nos chama para uma vida nova
The Jubilee is over but mercy is far from gone 
O Jubileu acabou mas a piedade está longe de ir
In the arms of the Father as the wayward child comes home. 
nos braços do Pai enquanto a criança desobediente vem para casa.

Chorus: 
Refrão
The Jubilee is over but mercy is far from gone.
O Jubileu acabou mas a piedade está longe de ir"

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

FEJ

O Ministério Jovem de Uberlândia da Renovação Carismática está promovendo o FEJ um encontro de formação para lideranças, e você está convidado. 

O encontro acontecerá no dia 22 de Setembro, mais informação entre em contato com:
Patrícia: 9138-0318
Lorraine: 9115-8490  




A Igreja de Cristo necessita de combatentes firmes e fortes que carregarão suas cruzes com alegria até onde o Senhor os mandar, levando o Evangelho a toda e qualquer criatura. Afim de um dia construirmos a civilização do amor, vivendo nela a cultura diária de Pentecostes. Venham participar com a gente!

Paz e fogo.



quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Especial- Karol Josef Wojtyla - João Paulo II a vida de um santo

          João Paulo II foi o primeiro papa eslavo na história da Igreja. Eleito em 16 de outubro de 1978 para suceder a João Paulo I, o cardeal polonês Karol Wojtyla quebrou uma tradição de quase meio milênio: foi o primeiro papa não-italiano desde Adriano VI, este, escolhido 456 anos antes. Na época, a escolha de um cardeal estrangeiro - além disso, oriundo da Europa oriental - foi vista como o início de uma nova era na igreja. E, João Paulo II mudou a Igreja Católica para melhor.


                                        (Karol Wojtyla (João Paulo II), com os pais Emilia e Karol. Wadowice, Polônia.)

         Originário de uma família da pequena classe média, Karol Josef Wojtyla nasceu em Wadowice, Polônia, no dia 8 de maio de 1920. Filho de um operário (Karol Wojtyla), que se tornou sub-oficial do Exército, o menino Wojtyla ficou órfão de mãe (Emília Kaczorowska) aos nove anos e teve uma infância difícil. Em Wadowice - sua terra natal - fez seus primeiros estudos e concluiu o curso ginasial. Aluno dedicado, destacou-se nos estudos e nos esportes, merecendo elogios dos colegas e professores.

(Karol Wojtyla e sua mãe Emília de Kaczorowski em Waldowice, Polônia)

Sua juventude foi marcada por intensos contatos com a comunidade judaica de Cracóvia. Inteligência rara, ainda muito jovem, Karol Wojtyla identificou-se com a literatura: queria ser poeta e dramaturgo. Na Universidade de Cracóvia, iniciou o curso de Língua Polonesa e Literatura, interrompido no primeiro ano, em virtude da II Grande Guerra, quando do fechamento da universidade pela forças alemãs, logo após a ocupação da Polônia. Diante desta situação, juntamente com um grupo de jovens, organizou uma universidade clandestina, onde estudou filosofia, línguas e literatura.
Por esse tempo, passou a trabalhar numa fábrica de produtos químicos.  Desse período é de sua autoria uma peça teatral encenada no Vaticano, anos depois. Atleta, ator, tradutor, musico, dramaturgo e filósofo na juventude, Karol Wojtyla ao perder seu pai resolveu ser padre.
Assim, em 1942, aos 22 anos de idade, ingressou no Departamento Teológico da Universidade Jaqielloniana. E, fugindo das perseguições nazistas, até o final da segunda guerra mundial viveu escondido, junto com outros seminaristas, que foram acolhidos pelo Cardeal de Cracóvia. Por fim, concluindo seus estudos eclesiásticos, ordenou-se sacerdote no dia 1º de novembro de 1946, em cerimônia litúrgica realizada na Capela do Seminário Maior de Cracóvia. Dias depois, celebrou sua primeira Missa na Cripta de São Leonardo, na Catedral de Wavel.

(Karol Wojtyla em 1948, ainda Padre na Polônia)

Doutor em Teologia pela Universidade Pontifícia de Roma, Karol Wojtyla foi docente de Teologia e Moral na Universidade Jaqielloniana, de Cracóvia, e, subseqüentemente, na Universidade Católica de Lublin, onde interagiu com importantes representantes do pensamento católico polonês, especialmente da vertente conhecida como ‘tomismo lublinense’.
No exercício das referidas funções permaneceu até 23 de Setembro de 1958, quando foi consagrado Bispo Auxiliar do Administrador Apostólico de Cracóvia, convertendo-se no membro mais jovem do Episcopado Polonês. Quatro anos depois, ascendeu à condição de titular daquela diocese.
Sempre atuante, sua carreira eclesiástica teve uma trajetória ascendente. Progressista, seu pensamento “combinava a produção teológica com um intenso trabalho apostólico, especialmente com os jovens, com quem compartilhava tanto momentos de reflexão e oração como espaços de distração e aventura ao ar livre”.
Em 1964, aos 44 anos de idade, tornou-se Arcebispo. Três anos mais tarde, foi designado cardeal pelo papa Paulo VI. Na qualidade de bispo e arcebispo, Wojtyla participou do Concílio Vaticano II, “contribuindo para a redação de documentos que se tornariam no Decreto sobre a Liberdade Religiosa (Dignitatis Humanae) e a Constituição Pastoral da Igreja no Mundo Moderno(Gaudium et Spes), dois dos mais historicamente importantes e influentes resultados do concílio”. Como Arcebispo, o futuro papa“caracterizou-se pela integração dos leigos nas tarefas pastorais, a promoção do apostolado juvenil e vocacional, a construção de templos apesar da forte oposição do regime comunista, a promoção humana e formação religiosa dos operários e o incentivo ao pensamento e às publicações católicas”.

(Karol Wojtyla na década de 1960)

Na tarde do dia 16 de outubro de 1978, trinta e três dias após a morte do Papa João Paulo I, o Cardeal Karol Josef Wojtyla, foi eleito líder supremo da Igreja Católica, obtendo 99 dos 108 votos permitidos. Eleito, Wojtyla - que adotou o nome deJoão Paulo IIem homenagem ao seu antecessor - entrou para a história como o primeiro papa eslavo e, como possuía apenas 58 anos de idade, tornou-se o mais jovem desde Gregório XVI, escolhido em 1846.


(Papa João Paulo II durante sua cerimônia de entronização na Praça de São Pedro. Roma, Itália, 22 de outubro de 1978)

Sua entronização solene aconteceu no dia 22 daquele mesmo mês e ano, consagrando-se o 264º sucessor de Pedro - São Pedro na tradição católica -, venerado como o primeiro papa. 
Liberal em matéria social, mas conservador em relação à doutrina, João Paulo II acentuou o aspecto pastoral da igreja, opondo-se firmemente ao aborto, ao controle da natalidade por meios artificiais e ao divórcio. Durante seu papado, fez ainda restrições à atuação de religiosos na política partidária e à ordenação de mulheres. Em seus discursos, criticava a aproximação da Igreja com o marxismo nos países em desenvolvimento, e, em especial, à Tologia da Libertação.

(Papa João Paulo II, 1980 em Paris)

No dia 13 de maio de 1981, João Paulo II foi vítima de um atentado a bala, em plena Praça de São Pedro. Este episódio, promovido pelo terrorista turco Mohamed Ali Agca, nunca foi devidamente esclarecido no que diz respeito a participação de eventuais organizações. No entanto, trouxe sérias repercussões na saúde de João Paulo II. Anos mais tarde, o Vaticano revelaria ao mundo, que o ‘terceiro segredo de Fátima’, dizia respeito a esse atentado.

(Papa João Paulo II momentos antes de ser baleado na praça de São Pedro, no Vaticano. No detalhe a arma de Ali Agca, 1981)

(Papa João Paulo II após ter sido baleado por um turco, na praça de São Pedro, no Vaticano)

(Papa João Paulo com Ali Agca, o homem que tentou o matar- 1983)

Erudito, poliglota e esportista, João Paulo II inaugurou um estilo dinâmico, marcado por viagens freqüentes. Para tanto, desejando alcançar os objetivos traçados para seu pontificado, em abril de 1984 realizou uma reforma administrativa, quando delegou o governo do Vaticano. Com isso esperava poder se dedicar mais à função pastoral. E, ainda por sua iniciativa, em 1983 foi publicado o novo código de direito canônico, cuja revisão fora iniciada depois da conclusão do Concílio Vaticano II. 

(Papa João Paulo II, na Polônia)

Durante seu pontificado, João Paulo II divulgou catorze encíclicas (é um documento pontifício dirigido aos bispos de todo o mundo e, por meio deles, a todos os fiéis). Ei-las: ‘Redemptor Hominis’ (Redentor do Homem), em 4 de Março de 1979; ‘Dives in Misericordia’, aos 30 de Novembro de 1980; ‘Laborem Exercens’ - Sobre o trabalho e na comemoração do 90º aniversário da encíclica ‘Rerum Novarum’ do Papa Leão XIII, em 14 de Setembro de 1981; ‘Slavorum Apostoli’ (Apóstolos dos Eslavos) - Comemoração dos Santos Cirilo e Metódio, aos 2 de junho de 1985; ‘Dominum et Vivificantem’ (Senhor e Dador de Vida), em 18 de maio de 1986; ‘Redemptoris Mater’ (Mãe dos Redimidos), aos 25 de março de 1987; ‘Sollicitudo Rei Socialis’ - Sobre assuntos sociais, em 30 de dezembro de 1987; ‘Redemptoris Missio’ - Sobre a validade permanente do mandato missionário, aos 7 de dezembro de 1990; ‘Centesimus Annus’ (Centésimo Ano) - No 100º aniversário da encíclica ‘Rerum Novarum’; sobre o capital e o trabalho, em 1º de maio de 1991; ‘Veritatis Splendor’(Esplendor da Verdade) - sobre questões de moral da Igreja, aos 6 de agosto de 1993; ‘Evangelium Vitae’ (Evangelho da Vida), em 25 de março de 1995; ‘Ut Unum Sint’ (Que Sejam Um) - Empenho no ecumenismo, aos 25 de maio de 1995; ‘Fide et Ratio’ (Fé e Razão), onde condena o ateísmo e a fé sem razão e afirma a posição da filosofia e razão na religião, aos 14 de setembro de 1998 e ‘Ecclesia de Eucharistia’ (Igreja da Eucaristia), em 17 de abril de 2003.


O pontificado de João Paulo II é o terceiro mais longo da história da Igreja Católica. Ao longo dos 26 anos que ocupou o trono de Pedro, visitou mais de 129 países e mais de 1000 localidades, levando a palavra de Deus aos mais diferentes povos e nações do mundo.


Registra a história que a primeira metade do pontificado de João Paulo II foi “marcada pela luta contra o comunismo na Polônia e no restante dos países da Europa e do mundo”. Na seguinte, no entanto, “é de notar a crítica ao mundo ocidental capitalista, opulento e egoísta, dando voz ao Terceiro Mundo e aos pobres”.

Em 1998, numa visita a Cuba, condenou o embargo econômico imposto àquele país pelos Estados Unidos, colocando um ponto final numa relação tensa que durava 39 anos entre a Igreja Católica e o regime de Fidel Castro. Entretanto, cinco anos mais tarde, pelas mãos do Cardeal Ângelo Sodano, enviou uma carta ao presidente cubano, criticando “as duras penas impostas a numerosos cidadãos cubanos e, também as condenações à pena capital”.

(Papa João Paulo II ao lado de Dalai Lama. Roma, Itália, 27 de novembro de 2003.)

(Papa João Paulo II se reúne com o israelense Rabi Meir Lau e o palestinos Sheikh Tatzir Tamimi. Jerusalém, Israel, 23 de março de 2000)


(Papa João Paulo II reza na Igreja do Santo Sepulcro. Jerusalém, Israel, 26 de março de 2000.)

(João Paulo II no Muro das Lamentações)

João Paulo II promoveu uma aproximação com às grandes religiões monoteístas do mundo, embora tenha enfrentando acusações de ‘proselitismo agressivo’ feitas pelo mundo ortodoxo. Em janeiro de 2000, viajou à Terra Santa, onde obteve a reconciliação com os judeus. Em Jerusalém, visitou o Muro das Lamentações e “pediu perdão pelos erros e crimes cometidos pela Igreja no passado”.
Havia um carinho muito especial entre João Paulo II e o povo brasileiro, que é considerado o mais católico do mundo. Por três vezes, ele visitou o Brasil. Em sua primeira visita, desembarcou em Brasília, ao meio-dia do dia 30 de junho de 1980, oportunidade em que foi recebido pelo General João Batista de Figueiredo, o último presidente do regime militar. Sua visita teve como objetivo principal “reforçar a união da família, conciliar as diversas tendências da Igreja Católica (reprimir a ala liberal) e definir seu papel em relação ao Estado”.

(Papa João Paulo II cercado por fiéis. Aparecida, Brasil, 04 de julho de 1980)

(Papa João Paulo II durante sua visita ao Brasil. São Paulo, 03 de julho de 1980.)

(Papa João Paulo II beija o chão em sua chegada ao Brasil. São Paulo, 12 de outubro de 1991 )

Nessa primeira estadia entre nós, João de Deus - que de Brasília partiu para Manaus - percorreu treze cidades em apenas doze dias. A maratona teve um total de 30.000 km. Onze anos mais tarde, entre 12 e 21 de outubro de 1991, esteve pela segunda vez no Brasil, onde quebrou uma tradição: beijou novamente o solo brasileiro, pois ele não costumava beijar o solo de um país que ele já tinha visitado. Naquela oportunidade, João Paulo II visitou sete cidades e fez 31 discursos e homilias.

(Papa João Paulo II ao lado do ex-presidente Fernando Collor. Brasília, Brasil, 14 de outubro de 1991.)

Sua última visita ao Brasil ocorreu entre os dias 2 e 6 de outubro de 1997 e foi a mais curta de todas. Desta vez, já se notava o cansaço da idade. Abatido, o Papa não conseguiu realizar o tradicional ato de beijar o chão, mas mesmo assim, encantou multidões de fiéis que foram ao seu encontro em busca de uma palavra de paz. No Rio de Janeiro, participou do Encontro Mundial da Família, realizado no Maracanã.

(Papa João Paulo II no Brasil - 5 de outubro de 1997.)

Eterno defensor da paz, João Paulo II foi um crítico feroz dos atentados terroristas, das guerras e dos atos de violência pelo mundo”.  Em 2003, seu nome chegou a ser cotado para o Prêmio Nobel da Paz. No entanto, o referido prêmio foi concedido à advogada iraniana Shirin Ebadi.


Espírito consciente e puro, em seu último livro ‘Memória e identidade’, classificou os atentados terroristas como erupções de violência, fazendo expresso pedido pelo fim dessas ações. Refletindo sobre o mundo atual, declarou ainda no mesmo livro:"Noto que os atos de violência diminuíram notavelmente, mas ainda existem no mundo as chamadas ‘redes do terror‘, que representam uma ameaça constante para a vida de milhões de inocentes".
Comentando os atentados de 11 de setembro de 2001, disse aos fiéis presentes na Basílica de São Pedro: “Não há sentimentos de frustração, filosofia ou religião que justifiquem uma aberração como essa”.
Sempre firme em suas posições, João Paulo II defendeu o perdão para a dívida externa dos países em desenvolvimento, alegando que o mundo será melhor quando homens forem iguais, quando as nações viverem em paz. E, classificou a Guerra do Iraque como ‘imoral e injusta’. Como emissário da paz, “João Paulo II teve importante papel no fim de conflitos internacionais. Foi um dos homens que mais trabalhou para encerrar a Guerra Fria, com sua luta obstinada contra o comunismo. O seu legado de paz e liberdade é reconhecido por líderes mundiais, que expressaram dor com a sua morte”.
Após o atentado de maio de 1981, com o passar dos anos João Paulo II tinha cada vez menos condições de aparecer em público. E isto fez com que diminuísse o ritmo de suas viagens. A princípio, começou a sofrer de sérios problemas ósseos. Mais tarde, a Santa Sé anunciou ao mundo que o papa sofria do mal de Parkinson. E, “apesar da debilidade física que marcou a fase final do seu pontificado, e que suscitou, em várias ocasiões, rumores sobre a sua morte, ele nunca perdeu a capacidade missionária e por várias vezes afirmou que levaria o episcopado até ao fim”.



Com a saúde debilitada, João Paulo II que estava internado no Hospital Gemelli, em Roma, recuperando-se de uma forte gripe, foi submetido a uma traaqueotomia para ajudar a respirar, no dia 24 de fevereiro deste ano. A partir desse dia, sua saúde entrou em declínio.
Recolhido aos seus aposentos, no Vaticano - onde viveu em orações até o limite de suas forças físicas - após falha circulatória e renal, e pressão arterial instável, João Paulo II faleceu às 21h37min (hora de Roma e 16h37min hora de Brasília) do dia 2 de abril de 2005, num sábado, que enlutou o mundo inteiro.
Milhares de fiéis assistiram, na Praça São Pedro, ao anúncio do falecimento do Santo Papa. O corpo de João Paulo II - após os rituais prescritos pela Igreja Católica - foi enterrado às 14h20 (9h20, horário de Brasília), da sexta-feira, dia 7 seguinte, na gruta sob a Basílica de São Pedro, a poucos metros do túmulo do Apóstolo Pedro, ao lado do túmulo de Paulo VI e em frente ao de João Paulo I. Uma lápide, com uma inscrição latina assinalando seu nome, a data de seu nascimento e morte, cobre a sepultura.
No Brasil, o maior país católico do mundo, o presidente Luís Inácio Lula da Silva decretou luto oficial por três dias após a morte do papa João Paulo II, ato que foi seguido por todos os governos estaduais.
Para Dom Geraldo Magela, Presidente da CNBB, “Cristo decidiu ter um vigário na terra, alguém visível que o representasse de modo mais especial junto a toda a Igreja e este alguém foi o Santo Padre”.
O presidente Lula afirmou à imprensa que a morte do Papa João Paulo II, entristeceu “profundamente o povo brasileiro, que tinha pelo Santo Padre grande afeto. Suas três visitas ao Brasil serão sempre recordadas com viva emoção. A canção ‘João de Deus’, entoada espontaneamente pelo povo brasileiro, expressou esta relação de carinho e respeito”.
João Paulo II será lembrado por sua incessante luta pela paz. Mesmo sendo o papa mais jovem desde Pio IX, ele “tornou-se o Papa cuja ação foi mais decisiva no século XX: as suas viagens ultrapassaram em número e extensão as de todos os antecessores juntos, reunindo sempre multidões”.

(Papa João Paulo II é presenteado com um cocar em Brasília. Brasil, 11 de outubro de 1991.)

(Yasser Arafat recebe o Papa João Paulo II. Roma, Itália, 02 de agosto de 2001.)


Possuidor de um carisma à semelhança de João XXIII, foi o primeiro a pregar numa igreja luterana e numa mesquita, e o primeiro a visitar o Muro das Lamentações, em Jerusalém. Durante seu pontificado, João Paulo II celebrou 147 cerimônias de beatificação e 51 de canonizações. Em resumo, proclamou 1338 beatos e 482 santos. E, “por seu carisma e habilidade para lidar com os meios de comunicação”, reconhecidamente, João Paulo II é o Papa mais popular da história.

Para fechar a biografia de João Paulo II segue abaixo uma música em homenagem ao Papa feita pela banda Anjos de Resgate:



Paz e fogo.
Fonte: http://www.construindoahistoria.com/2011/05/joao-paulo-ii-o-estadista-da-paz.html